domingo, 30 de janeiro de 2011

Saúde ambiental e saúde dos trabalhadores


Rigotto, Raquel Maria. Saúde ambiental e saúde dos trabalhadores: uma aproximação promissora entre o verde e o vermelho.

A leitura sobre o texto em destaque aponta para as relações entre saúde, ambiente e trabalho, demonstrando as interdependências entre essas categorias por meio da produção e consumo enquanto modelo de desenvolvimento de cada sociedade, expondo as dificuldades e desafios epistemológicos e metodológicos para a realização de pesquisa sobre os agravos à saúde em determinados ambientes de produção. Em seguida, postula a integração entre produção, saúde, trabalho e ambiente, enquanto categorias possíveis de formulação de políticas públicas que viabilizem saúde de qualidade à população numa proposta que inter-relaciona a participação, o controle social e estatal dos processos produtivos em sua relação com as três categorias já citadas, numa abordagem, segundo o texto, transetorial, transdisciplinar e democrática.

O referido texto possibilita aprofundar a percepção dos fatos narrados no documentário História das Coisas (The Story of Stuff, de Annie Leonard), que discute a causa-efeito das ações humanas capitalistas de exploração ambiental e do trabalho de outros humanos para gerarem o consumo dos bens produzidos e manter o ciclo contínuo consumista e descartável de coisas. Na tentativa de compreender as ações e impactos na natureza e na sociedade Rigotto destaca a proposta da Organização Mundial de Saúde sobre os marcos identificadores desse processo, como sendo as Forças Motrizes > as Pressões sobre o Meio Ambiente > Estado do Meio Ambiente > Exposição > Efeitos sobre a Saúde.

Por meio desse esquema e também do vídeo é possível perceber a Epidemiologia Social como processo de saúde e adoecimento de uma sociedade pelas relações que ela desenvolve com a natureza, recortando os contextos históricos sobre a exploração capitalista e suas estratégias de acumulação até aos nossos dias de globalização, emque denuncia a subordinação do Estado às forças capitalistas, reduzindo suas funções de garantir a cidadania à população. Compartilha ainda experiências de promoção de debates e mobilização social para a prática do controle social sobre causa-efeito ao ambiente, a saúde e ao trabalho, como reza o art. 225 da Constituição da República Federativa do Brasil.

“Todo cidadão tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como o uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para presentes e futuras gerações”

Cláudia Rejane Guedes Fontes 10/0129293


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